26 de agosto de 2014


Nós não sabíamos direito para onde estávamos indo nessa viagem. A Humboldt tinha tudo preparado e nos deu uma lista com o nome das principais cidades, mas eles programaram várias paradas estratégicas entre um lugar e outro que não necessariamente estavam descritas no roteiro.

O Kelheim Hall of Liberation foi quase um susto. Eu nunca tinha sequer ouvido falar desse lugar. Saímos de Munique em direção a Bamberg e a ideia era parar no caminho para conhecer Regensburg, uma pequena cidade na beira do Danúbio. Aí o ônibus para no meio da floresta, o guia manda a gente descer e seguimos em direção a um ponto de informação com uma lojinha, ali mesmo, rodeados de floresta (que por sinal era uma floresta linda). Continuamos a pequena caminhada quando, , surge esse monumento lindo na minha frente. 






Minha primeira reação foi: "como que ninguém nunca me contou que isso existia?" Todo mundo fala das principais cidades, Berlim, Munique, Hamburgo, alguns castelos como o famoso Neuschwanstein e etc, mas a Alemanha é muuuuuuuito mais do que isso! E foi aí que percebi que o turismo por essas pequenas cidades é quase como um tesouro escondido. Pouca gente sabe, existe relativamente pouca informação e até hoje, depois de quase 4 anos morando aqui, eu me deparo com descobertas que não entendo porque não estão na capa dos livros de turismo. É quase difícil saber o que tem por aqui. Pertinho mesmo de onde a gente mora, toda vez que saímos sem rumo para explorar um canto novo surge uma boa surpresa.

Como se não bastasse a beleza externa do monumento, a parte interna é de chorar!







O Befreiungshalle, também conhecido como Hall of Liberation de Kelheim é um memorial construído a pedido do rei Ludwig I para comemorar a vitória nas batalhas contra Napoleão na Guerra da Libertação (1813-1815). O monumento foi inaugurado em 1863, no aniversário de 50 anos da Batalha das Nações de Leipzig, quando Napoleão sofreu uma grande derrota.

A construção é cheia de significados. Na parte externa 18 estátuas representam as tribos alemãs e no chão de mármore da parte interna está escrito:

MOECHTEN
DIE TEUTSCHEN
NIE VERGESSEN WAS
DEN BEFREIUNGSKAMPF
NOTHWENDIG MACHTE
UND WODURCH SIE
GESIEGT.
Que os alemães nunca se esqueçam o esforço necessário para a libertação e que eles foram vitoriosos.





Depois de visitar o memorial, seguimos pelo meio da floresta por uma trilha que nos levou 'a beira do rio Danúbio. Que paisagem linda! Do outro lado estava o Kloster Weltenburg, o monastério mais antigo do estado da Bavaria. Atravessamos o rio em um barquinho de madeira guiado por um senhor barbado e passamos mais um tempinho explorando o lugar antes de seguir viagem.





Eu sou da opinião que a Alemanha merece uma viagem só dela. Sei que dá vontade de sair do Brasil e ver um pouquinho de tudo, passar pelo máximo de cidades e países em um curto espaço de tempo. Eu também acabo priorizando outros países quando vou viajar, achando que são mais interessantes, que já vi o principal daqui. Mas não menospreze o que a Alemanha tem achando que ir a Berlim significa conhecer o país. As micro cidades, os castelos, os rios, tudo isso que está "escondido" da massa dos turistas carrega histórias milenares e uma beleza impressionante.

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