24 de fevereiro de 2014

Bangkok

Bangkok foi o primeiro destino da nossa viagem pela Tailândia. Chegamos de manhã cedo e tivemos um pequeno problema no aeroporto. Eu não tinha o comprovante de vacinação contra Febra Amarela. Antes de viajar eu chequei especificamente isso com a agência de viagem que nos vendeu as passagens e pesquisei nos sites do governo da Tailândia e parecia que porque eu estava na Alemanha há algum tempo e não tinha viajado para o Brasil ou outro país endêmico da doença, eu não precisaria me preocupar. Porém não me deixaram entrar de jeito nenhum, mesmo eu tentando justificar que morava na Alemanha e etc. Tivemos que procurar o "sei lá o que" de saúde, assinar alguns documentos e voltar para a imigração. Depois disso foi tudo tranquilo. Pegamos um trem super moderno que sai do aeroporto internacional e vai direto para o centro da cidade. Do ponto do trem até o hotel era uma caminhada não muito longa.
Eu não sei exatamente o que esperava de Bangkok, mas certamente não o que a cidade é. Bangkok é ENORME, cheia de prédios altíssimos, trânsito, poluição e tudo mais que uma grande cidade tem. Eu sabia que era grande, li bastante sobre todos os nossos destinos, mas fiquei surpresa! Sei lá, acho que a gente pensa na Tailândia como um lugar pacato, praia e coqueiro igual muitos gringos pensam no Brasil como mato, praia e Carnaval. Bangkok tem shoppings gigantes, prédios moderníssimos e todas as lojas de grife que se pode imaginar! Me senti uma boba.... E é isso que é tão legal em viajar! A gente quebra estereótipos, pensa fora da caixinha e sai do lugar-comum... começa a ver o mundo de outra forma, se inspira, aprende, muda!



Então o choque número 1 foi cair em uma "São Paulo Tailandesa". O choque número 2 foi o calor... sim, eu sabia que estaria calor, mas quase tive um treco quando saímos da estação de trem e percebi que a caminhada até o hotel que parecia pequena no mapa era no meio de uma avenida gigante, só concreto, sem pedestres e nem uma sombrinha pra aliviar... O inverno aqui tinha sido um dos mais rigorosos dos últimos tempos, e sair de 10 graus negativos pra parar em 40 positivos foi muito mais desesperador do que eu imaginava!
Chegamos no hotel pingando mas tudo ficou uma maravilha quando fomos super bem recepcionados com um chá gelado, flores, toalhinhas geladas pra refrescar e tudo o mais. Ficamos no Amari Atrium Bangkok e super recomendamos esse hotel. Preço, serviço e estrutura ótimos e a localização ok para quem não quer ficar no meio da muvuca.


Nós fizemos tudo de taxi porque era muito barato! A foto acima é de um Tuk Tuk e os taxis são carros normais mesmo, só que com as cores mais extravagantes possíveis (rosa-choque, amarelo-limão, laranja e por ai vai). O maior problema era achar um taxista que não tentasse nos passar a perna... ninguém queria ligar o taxímetro e sempre tentavam colocar um valor no mínimo 3 vezes maior do que o que valia. Eu não dava o braço a torcer, sempre pedia para o hotel chamar um taxi com taxímetro e se estivéssemos na rua eu "batia boca" com o taxista até convence-lo ou achar um que nos levasse. No final essas negociações me cansaram e eu não aguentava mais todo mundo tentando levar vantagem. É cansativo, você se sente explorado, mas pra eles isso é normal. Nem todo mundo falava inglês e a maioria que dizia falar era praticamente incompreensível, mas as pessoas eram super prestativas e tentavam se comunicar de todas as formas possíveis! Apesar de estar lá na Ásia, nós começamos a nos sentir um pouco "em casa" e esse sentimento só contribuiu para amarmos ainda mais essa viagem.
A comida merecia um capítulo a parte, claro, mas infelizmente não tenho muitas fotos. Tudo muito barato, exótico e a maioria gostoso. É uma aventura tentar (ou não!) descobrir o que é um determinado prato. O Be é alérgico a camarão e não suporta pimenta, então ele tinha que ser mais cuidadoso, mas eu tentava explorar e me surpreender com a explosão de sabores.


Andamos e passeamos bastante, sempre parando em várias barraquinhas na rua e entrando em galerias e lojinhas. Mulheres, Bangkok é o paraíso das bolsas. Eu só não pirei porque me controlei muuuuuito e meu objetivo não era fazer compras. Nunca vi tantas bolsas maravilhosas tão baratas. E nunca vi tantas bolsas falsificadas em um mesmo lugar e tão per-fei-tas! Rsrsrsrs! Aliás, nunca vi tantas falsificações de tantas coisas juntas! Até Havaianas tinha! E tipo, super baratas. Na Tailândia literalmente todo mundo usa Havaianas.





Parece bobeira, mas o calor nos atrapalhou um pouco. Nós não conseguíamos ficar muito tempo na rua, então ou entrávamos em algum lugar com ar condicionado o tempo todo para aliviar, ou voltávamos para o hotel e aproveitamos para relaxar e curtir a piscina. Nós queríamos ver mil e uma coisas, mas também precisávamos descansar. Tínhamos uma lista de coisas para fazer e lugares para ver mas não nos prendemos muito a ela e relaxamos.



Na nossa última noite em Bangkok fomos jantar em Phat Phong. Gente, esse lugar é a muvuca mor e tem de tudo! Cuidado com os shows de "Ping Pong" pois não têm nada a ver com o esporte... Lá é onde tudo acontece e onde estão vários restaurantes, barraquinhas de tudo e qualquer coisa, bares e muita prostituição. Nós andávamos e éramos abordados o tempo todo por pessoas tentando nos convencer a entrar em um lugar ou outro. Chegamos a receber panfletos com menus dos serviços mais bizarros e inimagináveis, assim na maior naturalidade. Confesso que fiquei meio horrorizada, mas infelizmente já esperava por tudo que tinha lido. 
Depois da "aventura" fechamos a noite com alguns drinks no Moon Bar, na cobertura do hotel Banyan Tree.

Fonte: http://www.banyantree.com/en/bangkok

O bar é espetacular, com uma vista inexplicavelmente linda. Eu tinha lido no guia da Tailândia da Lonely Planet que Bangkok tem vários bares abertos nas coberturas dos arranha-céus e o Moon Bar estava entre os mais bacanas. Foi uma escolha super acertada! Sentamos em uma mesinha com um coquetel e ficamos lá, batendo papo e babando na vista! É possível visitar a cobertura mesmo sem sentar para tomar um drink, é só chegar no hotel e subir. Imperdível!



2 comentários:

  1. Ao mesmo tempo que fico corajosa para ir para a ásia estas situações de passar a perna e de pequenas malandragens me lembram tanto o Brasil que chega a me dar preguiça, mas o que me deixa indecisa é que suas fotos sempre me convencem que, apesar de tudo, é uma viagem espetacular.

    O que você pensou da segurança lá? Se sentiu bem ou tinha muito trombadinha, muito assalto como na america do sul?

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    1. Maris, eu achei bem seguro! Já tinha lido muito a respeito e todos advertiam mais em relação a esses golpes. Muitos taxistas recebem comissão de lojas se levarem turistas, então as vezes eles falavam que cobrariam um valor menor se a gente topasse fazer algumas paradas! Eu falava que não e ponto. Então, infelizmente, tem muita malandragem mesmo, mas não é uma violência que alguém vai te atacar ou ferir. Também não vi nem tive problemas com trombadinhas. E tudo isso rolou mais em Bangkok, que é uma cidade grande.
      Não desanima não!!! Apesar desses problemas vale muito a pena!

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