5 de março de 2014

Koh Phangan

Ah o mar... como eu esperei ansiosamente por esse momento! Do avião víamos aquela água cristalina, ilhas salpicadas no meio da vastidão azul. Voamos de Chiang Mai para Koh Samui e de lá pegamos um barco para Koh Phangan. Koh Samui é uma ilha famosa por seus resorts e spas de luxo mas eu queria um lugar menor, com menos cara de cidade, e foi por isso que escolhemos Koh Phangan. A ilha também tem sua fama, é lá que acontece todos os meses uma das festas mais famosas do planeta, a Full Moon Party. Porém, quando a lua não está cheia (que era o nosso caso e foi cronometrado propositalmente) Koh Phangan se transforma em uma ilha paradisíaca e pacata.


Ficamos hospedados no Cocohut Beach Resort and Spa, uma dica que peguei no meu blog de viagens favorito, o Dri Everywhere. O hotel era uma delícia, quarto grande e espaçoso, vista maravilhosa, piscina espetacular de frente pra praia... 
Chegamos no início da tarde, cheios de energia para começar a curtir a praia. Largamos tudo no hotel, passamos em uma agencia de turismo para fechar um passeio para o dia seguinte e fomos para a praia Haad Rin Nai. E lá pensamos: chegamos no paraíso. A água parecia de piscina, super cristalina!


Eu sou quase um peixe. Fico horas e mais horas no mar. Não curto ficar na areia tomando sol, meu negócio é ficar na água.


Ficamos poucas horas (uma ou duas) dentro da água, parecendo duas crianças alegres. Fomos almoçar e voltamos para o hotel para descansar (não sei descansar do que com essa vida mansa!). É claro que eu passei litros de protetor solar. Não sou boba, eu estava branquelíssima devido aos anos na Alemanha cinzenta, então levei um fps 30 para o corpo e 50 para o rosto, achando que seria proteção demais mas que não custava ser prevenida.
A noite saímos para jantar em um restaurante delícia, o Lucky Crab. Pedi um prato de caranguejo com curry que estava espetacular.


Daí o Be olha pra mim e fala: "nossa, você está muito vermelha"!
Eu senti mesmo que a minha pele estava quente e ele já estava reclamando que ficou ardendo depois do sol, mas eu pensei, homem não sabe passar protetor!
Gente... na foto acima, apesar da qualidade não estar das melhores, dá pra perceber que eu estava mesmo com a pele ligeiramente avermelhada.... mas na verdade eu tive uma queimadura de sol como nunca na vida, nem nos meus anos trabalhando com baleia por horas no sol, eu tive. Nessa primeira noite eu já comecei a sentir um incômodo, mas a partir do dia seguinte eu não conseguia dormir de dor! Foi uma coisa terrível! De verdade, eu horrorizei demais... porque nós passamos muito protetor, um fps relativamente alto, e nós dois ficamos muito queimados! Era rir pra não chorar.
E o que aconteceu? Ficamos os dois jacus nadando de camisa branca por semanas até o fim da viagem! Nós tivemos que ir na farmácia pra procurar uma pomada para queimadura. Quando a mulher viu minhas costas ela fez uma cara que me deu vontade de chorar porque eu sabia que a coisa não era boa. Ela perguntou de onde a gente era e assustou quando falamos que éramos do Brasil. Tipo, como um brasileiro não sabe tomar sol? Eu comentei que tinha passado muito protetor, que ele devia estar estragado ou algo assim, mas ela falou que o sol na ilha é mais forte do que o normal e que nós deveríamos usar no mínimo fps 50.
Passei a tal pomada por semanas, até que a queimadura secou, mas minha pele parecia a de um réptil. Eu fiquei com uma mancha nas costas que não sai mais... e nunca mais subestimo o protetor solar!

Mas voltando a parte boa da viagem. No dia seguinte fizemos um passeio no Parque Nacional Marinho Ang Thong.


O arquipélago é cheio de ilhas e ilhotas de formatos e tamanhos diferentes que formam uma paisagem linda e única.
Todas as ilhas, com exceção de uma, são inabitadas, o que ajuda a manter o local mais preservado.



As ilhas variam de 10 e 400 de altura. Elas são compostas de calcário e por isso a estrutura vai mudando ao longo dos séculos, criando formas curiosas e cavernas.



Nós descemos em uma das ilhas maiores. Da praia subimos 450 metros por um conjunto de escadas até chegar na parte mais alta. A subida demora por volta de uma hora e chegamos no topo exaustos, mas foi só parar no mirante e olhar para o lado para nos deparar com uma vista de tirar o fôlego!






Na parte "interna" da ilha tem um lago de água verde-esmeralda cercado por vegetação e montanhas calcárias. Esse lago de 200x250 metros é ligado ao mar por um túnel subterrâneo. Não é permitido nadar nem encostar na água, mas só a vista já vale a visita!


Nós tínhamos várias coisas planejadas para fazer na região de Koh Phangan, mas acabamos optando por ficar mais sossegados, curtir o hotel que era uma delícia e as praias da ilha.




E fizemos muitas massagens, claro!

PS: e o tanto que eu estou vermelha nessa foto abaixo! Essa massagem era com aloe vera que, segundo os locais, ajuda a refrescar e cicatrizar as queimaduras de sol.




Koh Phangan foi uma delícia e nós curtimos demais. Porém, acabamos nos arrependendo de não ter ido para Koh Tao e nos hospedado por lá. Koh Tao é aonde estão alguns dos melhores pontos de mergulho do país e a ilha gira em torno disso. As escolas de mergulho de lá oferecem cursos excelentes a preços inacreditáveis para o esporte e incluem acomodação em hotéis/pousadas da ilha. Se pudéssemos voltar atrás, optaríamos por ir pra Koh Tao e o Be faria o curso de mergulho básico e eu o avançado.
Depois que conhecemos as ilhas do mar de Andaman, ao sul do país, descobrimos que na verdade o paraíso era lá e não em Koh Phangan como pensamos anteriormente. Eu adorei Koh Phangan, mas se alguém me perguntar hoje, depois de ter visitado as duas regiões, eu diria para priorizar as praias das ilhas do sul porque elas são ainda mais espetaculares.

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