9 de maio de 2014

Os Calanques de Cassis

Uma amiga tinha nos falado: "Já que estarão em Marseille, não deixem de conhecer os Calanques de Cassis". Tínhamos essa informação e pronto. Eu não tinha ideia do que eram esses tais de calanques e quando digitei no Google e vi as imagens, tive certeza de que não podia perder.

Na Wikipedia a definição de calanque é a seguinte: "Um calanque é um acidente geográfico encontrado no Mar Mediterrâneo, que se apresenta sob a forma de uma angra, enseada ou baía com lados escarpados, composta por extratos de calcário, dolomita ou outros minerais carbonatos. É um vale escarpado formado em zonas cársticas devido a erosão fluvial ou ao colapso do teto de uma caverna, que subsequentemente foi parcialmente submergido pela subida do nível do mar".

Resumindo, o calanque é um lugar que todo mundo deveria ter o DIREITO de ver ao vivo pelo menos uma vez na vida! É lindo, lindo, lindo. Sem palavras!


Voltando a parte de como chegamos lá, como eu disse eu não tinha muitas informações quando fiz essa viagem, só o nome de alguns locais. De lá pra cá eu aprimorei a arte de ler, estudar e fuçar tudo a respeito do lugar que eu vou, mas antes eu não era tão organizada com as viagens. Então eu e o Be "caimos" em Cassis, totalmente perdidos, procurando os tais calanques. A cidade é pequena e bonitinha demais, famosa também pelos seus vinhos brancos e rosé (e não pelo Licor de Cassis que não tem nada a ver com a cidade).


Existem duas formas de ver os calanques, pelo mar ou por terra. As empresas oferecem passeios para um número variado de calanques e com isso a duração da viagem também varia. Nós descobrimos que era possível andar por algumas trilhas e ver os calanques de cima e achamos que assim teríamos a vista mais bonita. Então partimos pelo caminho indicado.




O nosso despreparo era tanto que a gente não tinha ideia das distâncias de um calanque para outro, muito menos da duração de cada trilha. Além disso, apesar da sinalização, existiam várias bifurcações no meio do caminho. O ideal para fazer trekking pelos calanques é pegar um mapa com informações sobre cada uma das trilhas, que são divididas em cores (que a gente não tinha ideia do que significavam) e levar lanche, água e etc. Acho que a vantagem da nossa extrema ignorância foi que como não sabíamos a distância sempre achávamos que estávamos chegando. "É logo ali!" E caminhávamos hoooooras!




O primeiro calanque é pertinho do início da trilha, uns 30 minutos de caminhada. O segundo são algumas horas. Eu tinha ouvido falar que o terceiro da lista era um dos mais bonitos e me recusei a ir embora sem vê-lo. O problema é que era longe demais! A gente subia e descia morro o tempo todo. O calor estava insuportável e era agravado pelo sol refletindo no mar e nas pedras brancas. Não era a toa que éramos quase os únicos do percurso todo! No meio do caminho eu tive um "piripaque". Minha pressão caiu, eu não aguentava o calor e pra completar os dois bobos não tinham levado comida nem água porque não sabíamos que era tão longe! Achamos uma mini árvore, sentamos na sombra e ficamos ali só olhando para aquela paisagem perfeita. Quando recuperamos nossas forças, continuamos a caminhada e chegamos no terceiro e mais lindo dos calanques.







Eu me emociono olhando e relembrando uma paisagem como essa porque eu vejo o quanto Deus é um Criador perfeito, cuidadoso, detalhista...


Nós finalmente chegamos no último calanque da nossa aventura, deitamos na praia de pedrinhas e entramos no mar para refrescar. A volta foi infinitamente mais fácil, até porque o sol de meio dia não estava mais rachando e meu estômago esqueceu da fome. Além disso, acho que voltamos por um caminho mais curto, sem muitas subidas e descidas, mas que também não ia contornando o calanque pelo mar, como fizemos na ida.

Quero voltar!

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