27 de junho de 2014



Dublin era um daqueles lugares que, claro, eu tinha vontade de conhecer, mas nunca foi prioridade. Até que o Be foi dar uma palestra em um congresso no Trinity College e eu resolvi ir junto. Oh vida boa de freelancer!


Já vou adiantando que Dublin não é uma cidade cheia de atrações turísticas, é uma daquelas cidades que o "feeling" é o que importa. É uma cidade jovem, internacionalizada, com pessoas abertas, simpáticas e extremamente educadas! Uma cidade acolhedora, onde você se sente "em casa". Se não fosse pelo fato de chover praticamente todos os dias do ano, eu até diria que gostaria de morar em Dublin.


Dublin é tipo uma Belo Horizonte europeia, você substitue os bares pelos pubs, o sotaque mineiro pelo irlandês (praticamente incompreensível). A simpatia do povo é a mesma e o lema "não tem mar vamos pro bar" funciona do mesmo jeito. Pra muitos dizer isso é um absurdo, mas vocês têm que entender que após mais de 3 anos e meio morando fora, eu procuro similaridades que me deem a sensação de estar um pouco mais próxima do Brasil.





Um amigo de Bonn está trabalhando e morando em Dublin, então ele nos levou para passear pela cidade. Passamos em frente ao Castelo de Dublin, erguido no século XVIII, ele foi sede do governo britânico da Irlanda até 1992.







Continuamos nossa caminhada, parando em alguns prédios e igrejas bonitas e passando pela Grafton Street, uma rua cheia de lojinhas para quem quer fazer compras.

Se o dia estiver bonito e o clima ameno, vale um passeio com direito a pic-nic no St. Stephen's Green ou outro parque da cidade.







O Temple Bar é uma pequena região próxima do centro onde estão alguns dos pubs mais icônicos de Dublin. Segundo o nosso amigo, os "Dubliners" evitam essa área por a considerarem muito turística, mas eu achei bacana!





Acho que é certo dizer que a maior atração de Dublin são seus incontáveis pubs. Alguns até propagandeiam "abrimos as 7 da manhã" #medo.

A cidade é bem musical, além dos artistas de rua, vários pubs têm música ao vivo rolando a partir das 3 da tarde. E é música boa!








Andamos pelo Trinity College que tem um campus lindo bem no centro da cidade (e produz ciência de ponta!).





E é dentro do Trinity que está localizada a atração que mais me encantou na cidade, a Old Library. Muita gente vai na biblioteca só para ver o Book of Kells e eu concordo que isso já vale a visita, mas o Long Hall com todos aqueles livros antigos é simplesmente de cair o queixo.


A Old Library completou em 2012 seus trezentos anos. Fundada em 1712, ela guarda alguns dos livros mais antigos e raros do mundo, incluindo o Book of Kells, as primeiras obras de Shakespeare e outros!




É de arrepiar olhar aquele corredor enooooorme, lotado de livros lindos! Em um determinado momento eu sentei e fiquei lá, boba, olhando impressionada pra tudo aquilo.



O Book of Kells é um livro feito por monges irlandeses por volta do ano 800. Ele contém a transcrição dos 4 evangelhos da bíblia escritos em latim, além de diversas figuras ilustrando histórias da vida e ministério de Jesus. Gente, o livro é simplesmente uma obra de arte! As páginas foram feitas usando pele de carneiro tratada, a escrita é decorada e as figuras feitas com pigmentos retirados de matérias primas disponíveis na região. Na exposição eles exibem um vídeo mostrando como eram feitas as escrituras e também alguns desenhos decorativos. Um outro vídeo mostra o processo de encadernação. Feito lá em 800 e batatinha, ele é um exemplo para encadernações artesanais feitas atualmente. Eu simplesmente amei cada segundo da exposição, me emocionei ao ver ao vivo um livro tão antigo, tão lindo e tão bem preservado!

Não é permitido fotografar a exposição do Book of Keels, então todas as imagens do livro não são minhas, eu retirei da Wikipedia e lá estão as referências de cada uma.








Outra coisa em Dublin que eu amei e que pra muitos pode ser uma bobeira, foram as portas coloridas. A Marininha já tinha me falado que eu ia curtir e ela não podia estar mais certa! Adorei que você anda em uma rua e cada porta de cada casa tem uma cor: azul, verde, amarelo, vermelho, preto e por aí vai.




Para quem tem mais tempo na cidade, diversas operadoras de turismo oferecem passeios de um dia para castelos da região, Wicklow Mountains e os Cliffs of Moher.

Um outro passeio super famoso e que eu ouvi falar muito bem é a visita à fábrica da Guinness. Eu acabei não indo, mas mesmo para quem não gosta de cerveja, dizem que vale a pena.

2 comentários:

  1. Dublin é demais. Sem sombra de dúvidas é minha segunda cidade favorita na Europa para morar (perde pro Porto, claro!). Eu sabia que você ia amar essas portas lindas! E a Old Library <3 <3 <3 quero muito voltar lá!

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